Enquanto parlamentares articulam a volta da contribuição provisória sobre a movimentação financeira (CPMF), com o intuito de ampliar recursos para a saúde no Brasil, um outro problema vem interferindo no planejamento financeiro e, consequentemente, nas políticas públicas de saúde: a judicialização na saúde.
Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas: direito do povo brasileiro. Não à toa este é o tema da próxima Conferência Nacional de Saúde, a ser realizada no Distrito Federal, em Brasília, em novembro de 2015. Originada em reuniões do Conselho Nacional de Saúde, a pauta reflete o acúmulo de debates sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os anseios sociais na efetivação do direito à saúde.
No contexto do projeto Formação em Cidadania pela Saúde, o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) preparou uma série de livros com temas fundamentais para a Reforma Sanitária, que podem contribuir para o fortalecimento do debate sobre o assunto.
A demanda judicial sobre a saúde só cresce no Brasil. Um balanço concluído recentemente pelo Conselho Nacional de Justiça apontou a tramitação de pelo menos 240 mil processos na Justiça brasileira referentes ao fornecimento de bens e procedimentos relacionados à saúde. Para discutir o ônus desses processos e possíveis alternativas que também propiciem o direito à saúde, a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) promove, no dia 27 de novembro, a mesa-redonda Direito à Saúde e o Sistema Único de Saúde - olhares diferentes.
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), em parceria com o Canal Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vai promover nesta sexta-feira (28/11), o seminário Conass Debate – Que Saúde Você Vê?. A quarta edição do evento, realizado desde abril de 2013, vai ocorrer na tenda do Museu da Vida/Fiocruz, no Rio de Janeiro, com transmissão ao vivo, a partir de 9h.
Os passos estão sendo dados, mas é preciso estratégia. Essa é a opinião de pesquisadores e movimentos sociais sobre os cinco anos da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), em que pese aos avanços alcançados, é necessário engajamento em todas as esferas da Federação para a aplicação real da transversalidade da política, visando o direito à saúde como um todo, seja para negros, negras, pardas, brancos, jovens, idosos e crianças.
"O direito à saúde não é uma luta individual, é uma luta coletiva, nós precisamos também ter uma outra linguagem para falar com a população de uma forma geral, uma fala que traga o cotidiano das filas, do atendimento pouco humanizado, da falta de profissionais, da desqualificação também que se faz do saber popular, de pensar a promoção da saúde valorizando outras práticas (de saúde), então a gente tem uma agenda enorme que pode mobilizar sim a sociedade em defesa do SUS (...)".
Miriane Aparecida Teixeira trabalhou como empregada doméstica por três anos em sua cidade natal, Piedade do Rio Grande, a 79 quilômetros de São João Del Rei, Minas Gerais. Depois de ficar desempregada, resolveu investir nos estudos. Um dia, a Escola Agrotécnica Federal de Barbacena ofereceu o curso de Auxiliar de Saúde Bucal em São João Del Rei. Pronto. Miriane viu ali a oportunidade de mudar de vida. Esse capítulo de sua vida aconteceu em 2003, e atualmente ela é coordenadora de Atenção Básica do seu município.
Organizado pelo Grupo de Pesquisa de Inovação em Saúde da Fiocruz (GIS), o seminário As relações entre saúde e desenvolvimento no Brasil busca superar lacunas no conhecimento para fortalecer o entendimento de como a ciência pode fortificar a cidadania e avançar no entendimento sistêmico sobre o campo da inovação na saúde. Aberto ao público, o evento será realizado de 20 a 21 de outubro, no salão internacional da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), no Rio de Janeiro, sem necessidade de inscrição prévia.
No mês em que diversos países do mundo realizam ações de sensibilização para o combate do câncer de mama, um dado persiste e preocupa: este é o tipo de neoplasia que mais atinge as mulheres no mundo, e o segundo tipo que mais mata, só perdendo para o câncer de pulmão. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 1,67 milhões de casos novos da doença foram esperados para o ano de 2012 em todo o mundo. No Brasil, somente para 2014, a expectativa é de 57.120 novos registros.