Conferência Nacional de Saúde das Mulheres é tema da Radis

Capa da revista Radis, com o nome da publicação e uma foto de uma mulher jovem com a mão direita para cima, em momento de votação

16/10/2017
Fonte: Ensp/Fiocruz


A 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres, realizada em Brasília, em agosto/2017, reuniu cerca de 1.800 participantes e discutiu temas como a legalização do aborto, o desmonte da saúde pública, as diferentes formas de opressão, assédio e violência contra as mulheres e o feminicídio – crime que custa a vida de uma mulher a cada duas horas no país. O evento é pauta da reportagem de capa da Revista Radis 181 (outubro 2017) e recebeu destaque no editorial da publicação. "Há desigualdade entre homens e mulheres. Mas há, ainda, mais discriminação e invisibilidade caso elas sejam pobres, negras, indígenas, lésbicas, trans ou de baixa escolaridade, por exemplo", afirma o texto. 

Na matéria de capa, intitulada #Nemumaamenos, as repórteres Elisa Batalha e Liseane Morosini retrataram a emoção presente na realização da conferência, 31 anos após sua primeira edição, em 1986. Durante o evento, mulheres defenderam propostas importantes em relação à saúde sexual e reprodutiva e debateram o racismo institucional e a LGBTfobia. “No Brasil, o feminicídio tem raça, cor, identidade de gênero e orientação sexual. A violência chega aos serviços de saúde, e este é um desafio que precisamos enfrentar.”

Na reportagem sobre o 53º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, os participantes concluíram que o enfrentamento das doenças negligenciadas exige a compreensão do ambiente e inclusão dos indivíduos, bem como alertaram para o risco do aumento da vulnerabilidade social, com a perda de direitos e da proteção social e o desmonte da ciência nacional e da educação e saúde públicas.

A edição de outubro da revista Radis apresenta ainda reportagens sobre o projeto Refugiados de Belo Monte, o documentário Eu + 1: uma jornada de saúde mental na Amazônia, os destaques da semana comemorativa de aniversário de 63 anos da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), entre outros.

Confira a edição na íntegra