Revista Radis de julho/2018 discute os efeitos do fenômeno da fake news


04/07/2018
Por Marina Maria (PenseSUS), com base em editorial da Revista Radis, nº 190


A Revista Radis de julho/2018 (número 190) apresenta como matéria de capa uma discussão sobre o fenômeno das fake news que, conforme descreve o editorial da publicação, são notícias intencionalmente fraudadas para circular nas redes sociais digitais, simulando o estilo jornalístico e reunindo ou não alguns fragmentos de realidade a um conjunto de elementos e conclusões deliberadamente inventados para enganar as pessoas, com objetivo político, comercial ou o propósito de atacar indivíduos ou coletividades. 

De acordo com o editorial desta edição da revista, jornalistas e pesquisadores de instituições como UFRJ, USP e Fiocruz foram ouvidos para a produção da matéria, além do posicionamento de coletivos de comunicação como Intervozes, Pública, Instituto Igarapé e agências Aos Fatos e Boatos.com, que checam origem, veracidade e correção do que é propagado. Há sites especializados em criar estas notícias e fazê-las circular por meio de robôs e perfis falsos, com uma quantidade expressiva de fake news na política, como ocorreu nas últimas campanhas presidenciais no Brasil e nos Estados Unidos. 

Ainda segundo o editorial, na saúde, fake news se tornaram epidemia, somando-se a outra categoria de notícias falsas ou imprecisas, que são os boatos, também analisados na reportagem. Na epidemia de febre amarela de 2017, essas narrativas influenciaram em morte de macacos, baixo índice de vacinação e pânico entre a população. O antídoto para as fake news pode estar no diálogo nas redes sociais digitais e na checagem independente de informações por parte da sociedade, com plataformas inovadoras. 

A edição de julho/2018 da revista Radis trata também de temas como a aprovação da legalização do aborto na Câmara de Deputados da Argentina, a intolerância do governo norte-americano com imigrantes e refugiados, estratégias de resistência ao racismo no Brasil, violência contra os pobres na intervenção militar no Rio de Janeiro, crescimento da Aids e a contraposição feita pela agroecologia ao modelo predatório do agronegócio. 

Acesse a revista Radis na íntegra (número 190)