Ao longo de seus 25 anos de existência, o Sistema Único de Saúde (SUS) atuou significativamente na mudança do quadro sanitário brasileiro e foi também bastante modificado por ele. Diante disso, qual será o futuro da saúde no Brasil?

Atualmente, já se observa que o perfil de morbimortalidade mudou em todo o mundo, ao mesmo tempo em que as pessoas estão envelhecendo mais e que a taxa de fecundidade diminuiu, em torno 47% em todo o território nacional entre 1980 e 2000. A mortalidade geral diminuiu no Brasil no final do século 20, especialmente quanto aos óbitos de menores de um ano, com uma redução do total de 53,7 crianças a cada mil nascidas vivas em 1990 para 19/1000, e aumento na esperança de vida de 69 anos em 1988 para 72 anos em 2008 (Noronha et al., 2005).

Tais mudanças decorreram de diferentes fenômenos, mas a presença de um sistema de saúde universal, interferindo diretamente no acesso aos serviços de saúde de um modo geral, é certamente um fator de influência.

Para ajudar a traçar diretrizes sobre futuros prováveis do SUS, foi realizado o projeto Saúde Brasil 2030. Trata-se de uma iniciativa de cooperação técnica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e de convênio com o Ministério da Saúde, que reuniu em uma publicação pesquisas de especialistas de diversas áreas sobre a temática.

De acordo com o livro, analisar as possibilidades para o futuro da saúde se torna fundamental, pelo papel estratégico do setor no desenvolvimento do país. Diante da complexidade e dos processos de transformação em curso nas diversas áreas de atuação da saúde, é necessário planejar em prazos mais longos, não apenas para criar imagens de futuro, mas, especialmente, para auxiliar na gestão estratégica, com diretrizes voltadas ao alinhamento das ações com um cenário desejável para o país.

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